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A colonização da região iniciou-se em 1886, com a chegada de imigrantes italianos do Vêneto, na Itália. No início de 1886, sete famílias do Vêneto chegaram no Rio Grande do Sul para habitar a 16ª Légua do Campo dos Bugres, hoje Nova Pádua. Eram as famílias de Francisco Mantovani, comerciante; Carlos Mantovani, seu irmão e professor; João Zanini, ferreiro; Pedro Sartor, Francisco Menegat, Pascoal Pauletti e Pedro Menegat, estes agricultores.

Já em 1890, todas as 307 colônias estavam tomadas por imigrantes que fugiam da miséria que assolava a pátria-mãe, a Itália. Todos provinham das várias cidades da província do Vêneto, e vinham para buscar o seu desenvolvimento, vinham para vencer. Em 2 de julho de 1888 tiveram a primeira missa, rezada pelo Padre Alexandre Pelegrini. Em 7 de junho de 1890 foi benta a imagem de Santo Antônio de Nova Pádua e, desde então, a 16ª Légua tomou o nome de Nova Pádua.

Em 27 de dezembro de 1892, Nova Pádua recebeu seu primeiro padre na pessoa do padre Giuseppe Candido Dalmazzi. Devido ao seu rápido desenvolvimento, Nova Pádua foi promovida a 4º Distrito de Caxias do Sul, no dia 13 de abril de 1904, pertencendo a esse município até 1926, quando foi incorporada ao novo município de Nova Trento - Flores da Cunha. Como distrito deste município, Nova Pádua conseguiu melhorias como escolas, estradas e eletrificação rural.

Em 10 de novembro de 1991, a população de Nova Pádua decidiu se emancipar através de plebiscito. Sua criação como município foi decretada em 20 de março de 1992, pelo então governador Alceu Collares.

Localizada na Serra Gaúcha, Nova Pádua se orgulha de manter seus 2.557 habitantes (população estimada pelo IBGE em 2015) em harmonia com o trabalho e a natureza, marcas fortes do município. Com clima definido, as quatro estações do ano proporcionam farta produção agrícola, o que eleva a cidade como referência de hortifrutigranjeiros.

Sua economia é baseada na agricultura familiar, com destaque para o cultivo da uva, pêssego, maçã, cebola, alho e a criação de aves. A força do trabalho presente nas pequenas e grandes propriedades rurais gera uma atmosfera em que se visualiza crescimento e desenvolvimento.

O setor industrial ganha representatividade por meio das 27 vinícolas, que juntas produzem mais de 5,5 milhões de litros de vinho por ano. Aliada a isso esta a indústria moveleira, o comércio e as cooperativas, que empregam boa parte da mão-de-obra especializada.

A cultura do município sendo tipicamente italiana se traduz em fé e religiosidade, que podem ser conferidas em cada travessão, forma como são chamadas as comunidades do interior. São inúmeras as festas em homenagem aos santos e padroeiros.

Nova Pádua alimenta com devoção boa parte de sua história por meio do Dialeto Vêneto, herança dos imigrantes italianos e mantidas até hoje. Os descendentes orgulham-se de passar de geração para geração esta peculiaridade da cultura. Para apreciar algumas e boas histórias engraçadas no dialeto típico italiano basta conviver com um dos habitantes e apreciar este costume.

E para completar, além da cultura, natureza e hospitalidade, Nova Pádua oferece a gastronomia italiana como atrativo especial. A mesa farta é marca registrada das cidades colonizadas por italianos, pois é tradição comer e beber bem. Regada com um bom vinho da Serra Gaúcha, a gastronomia é o ponto alto e não pode ficar de fora.

A principal festa do município é a FEPROCOL (Feira de Produtos Coloniais). Surgida em 1983, a FEPROCOL hoje se configura como o maior evento de Nova Pádua, pois representa os setores produtivos do município, enaltecendo suas potencialidades agrícolas e industriais.

A Festa de Produtos Coloniais de Nova Pádua consolidou-se por resgatar a tradição do trabalho de famílias descendentes de italianos. Essa valorização acerca do que é produzido em Nova Pádua atrai visitantes e turistas que buscam vivenciar os costumes de quem vive no interior. A tranquilidade da cidade e a hospitalidade dos moradores aproximam ainda mais o público de uma realidade vivida somente nas pequenas cidades. Entre as atrações da vasta programação da FEPROCOL estão à vila colonial, exposição de produtos coloniais e agroindustriais, gastronomia típica e desfiles de carros alegóricos com as soberanas da festa.

O município também homenageia aqueles que fazem o progresso desta terra com a Festa do Colono e do Motorista em fins de julho, culminando com o desfile de caminhões e tratores usados na agricultura.

As tradicionais festas de rodeio, os esportes radicais como rafting realizados no Rio das Antas, também são fortes atrativos, bem como, o Parque dos Peixes. Os torneios de bochas e de futebol de campo e salão constituem as principais modalidades esportivas.

A 5 km da cidade uma estrada asfaltada leva o visitante a conhecer o mais belo ponto turístico de Nova Pádua, o cartão postal de referência em belezas naturais: o Belvedere Sonda, localizado na zona Sonda, que dispõem de um hotel e um belo restaurante onde proporciona uma visão perfeita das belezas do vale do Rio das Antas, bem como, da barragem, da balsa, do cachoeirão e das cascatas.

Percorrendo o interior podem-se admirar de perto as quedas d’ água escondidas na mata verde e uma infinidade de belezas naturais que são obras e presente do criador. A paisagem do município exibe semelhanças com o cenário europeu. Montanhas e vales cobertos por parreirais oferecem uma visão privilegiada aos visitantes.

Por ser um município que se desenvolveu rapidamente, tendo inclusive o 1º lugar da UNICEF no ano de 2006, como o município que tem o melhor Índice de Desenvolvimento Infantil, Nova Pádua tornou-se conhecida e divulgada em todo o Brasil.

* Parte do texto retirado do livro de Gema Tonet.

 

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